quinta-feira, 16 de maio de 2013

Tua leveza

Leve,
palavra de ordem.
Ode à palavra de sorte.
Leve,
palavra que te define.
Flutua no ar.
Ar sempre leve.
Ao ar livre.
Preso no ar
de tanto amar.


Dissentir

Ir embora.
Sair.
Sumir.
Deixar de ser.
Dissentir.

Já não sentir a ti.
E sem ti em mim,
tudo teu nada no nada.
Sentimento não mente.
Só não mais sente.

Sente só o gosto da efemeridade,
do acabar, do já não ser.
Dissentir,
pra sentir de novo.
Novamente diferente, mas sempre presente.
Se perdendo no ciclo vicioso
de sem ti
sentir.




sábado, 11 de maio de 2013

Das sombras e sobras

À frente sombras
As sombras do futuro, assombram-na 
Pra trás o que sobrou
As sobras do passado
Perturbando e confundindo
Tornam-se presentes

E ela que não sabe se menina ou se mulher
Se passado, presente ou futuro
Ela, ser transitório, mutante
Escolhe fechar os olhos e sentir
Sente tudo
Passado, presente e futuro

E lembra:
‘’Quem tenta prever o futuro não o vê chegando, nem passando’’
Para de temer, não foge das sombras, encara-as
Enfrenta-as com a luz que a vida ensinou-a a ter
Abraça as sobras do passado,
acolhe-as dentro de seu ser
E vive o presente,
mesmo com todas as dúvidas, inseguranças e o não saber
Apenas vive
Sente e vive
E espera que isso baste