quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Do meu querer

Eu quero me escrever em você.
Quero virar palavra
e me grafar no teu corpo.
Mas não feito tatuagem, que vem de fora.
Quero de dentro pra fora.
Quero surgir na tua pele
como um pelo, que brota.
Ou um sinal de nascença,
que tua vó tentou limpar achando que era sujeira,
mas que nunca saiu.
Quero fazer contigo
o que as flores fazem aos jardins.
Quero te fazer florescer,
e flores sendo,
florescer em ti.








quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Do que cala e (con)sente

Do que cala.
Do que silencia a ansiedade, os medos, dúvidas e incertezas.
Daquilo que consente.
Das pessoas que te entendem.
Que decifram teus silêncios
e silenciosamente te fazem superar qualquer medo.
Pessoas que te calam.
Com o olhar.
O toque.
O cheiro.

Dos encontros de almas.
De tudo o que se sente,
e por sentir não mente.
É latente.
É feito flor brotando,
feito chuva caindo,
feito criança nascendo,
invade o mundo.

É tudo o que vem sem ressalvas.
Tudo que não passa sem deixar marcas.
Tudo que é inteiro,
intenso.
E não para.